quarta-feira, 4 de novembro de 2009

É o Monotrilho aí gente!!!!!!

O Governo do Estado de SP divulga pelo jornal Valor Econômico que publicará edital para construção de monotrilho na data de hoje.
Quarta, 04 / 11 / 09
Segundo o Jornal Valor Econômico desta quarta feira 04 de novembro de 2009 o governo do Estado de São Paulo deve publicar hoje o edital de concorrência internacional para construção do monotrilho que prolongará a Linha 2 - Verde do metrô, que liga a estação Vila Madalena à Alto do Ipiranga, na capital. O valor do orçamento estimado pelo Metrô - SP é de R$ 2,1 bilhões, sendo cerca de R$ 1 bilhão a cargo da prefeitura de São Paulo e os demais recursos do governo do Estado.

Na Câmara Municipal de São Paulo o vereador Chico Macena entrou com representação junto ao Ministério Público, solicitando a realização de levantamento sobre a falta de estudos técnicos dos impactos, Ambiental e de Vizinhança.

O que até a presente data não se obteve respostas, Mas mesmo assim o governo pretende lançar o Edital.

Também até hoje não havia sido respondido um requerimento feito pelo vereador na Comissão de Política Urbana da Câmara Municipal de São Paulo e a Secretaria do Verde e o do Meio Ambiente do Município, solicitando os mesmos levantamentos. No entanto, por volta das 14hs, chegou um envelope contendo vasta documentação vindo desta secretaria, que presumisse conter as tão esperadas respostas e levantamentos.

Continuando com a matéria do Valor Econômico, apesar da previsão orçamentária, vencerá a licitação o consórcio que apresentar o projeto mais barato.

A perspectiva inicial de orçamento do governo era de R$ 2,3 bilhões, mas foi reduzido em reavaliação após a consulta pública. Os concorrentes têm até 22 de dezembro para apresentar suas propostas.

A reportagem sinaliza ainda que , segundo Sérgio Correa Brasil, diretor de assuntos corporativos do Metrô de São Paulo, o modelo do monotrilho foi escolhido por ser o de menor impacto visual, ambiental e sonoro, além de exigir o mínimo de desapropriação e não interferir no trânsito de automóveis, por ser suspenso entre 12 e 15 metros de altura. "É necessário apenas 1,5 metro de largura para o trilho, que poderá ser alocado no canteiro central das avenidas", explica.

Cabe aqui uma observação sobre a grande preocupação dos governos municipal e estadual em não “interferir” no trânsito de automóveis. O que termina por intensificar na prática a política equivocada de se construir uma cidade para o automóvel, como temos visto. Não bastasse a grande obra da Marginal do Tietê, que tem deixado a cidade de “pernas para o ar”, tem ainda a regulamentação restritiva aos fretados e ao transporte de carga e o descumprimento da promessa da construção de novos corredores para o sistema de ônibus.

Algum dos concorrentes, continua a mesma matéria do jornal Valor, afirmam que podem construir o monotrilho em apenas 28 meses. A velocidade média será de 40 km/h, mas pode subir conforme o projeto.

Correa Brasil diz ainda que o monotrilho enterra os projetos de expansão do Expresso Tiradentes (concebido com o nome de Fura-Fila) no modelo atual, de Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). O monotrilho é mais amigável urbanisticamente, explica o diretor.

Segundo o que diz o diretor ao Valor Econômico, serão licitados 23,8 quilômetros de linha, 54 trens e plataformas em três diferentes trechos, que terão data de conclusão até 2013. Deverão ser transportados 48 mil passageiros por sentido por hora, chegando até a 510 mil por dia. Cada trem deve ter capacidade mínima de mil passageiros, co m comprimento máximo de 90 metros. O primeiro trecho a ser construído será o mais curto, de 2,4 quilômetros, entre a estação Vila Prudente do metrô - para onde já está em obras a expansão da Linha 2 - e a estação de Oratório. Esse primeiro trecho deve ficar pronto em 2011. O segundo trecho, de 10,4 km, chegará até São Mateus e deve ficar pronto em 2012. E o último trecho, de 11 km, até Cidade Tiradentes, deverá terminar em 2013, prevê Correa Brasil.

Ele destaca que não se trata de um edital de concessão, porque a operação diária será feita pelo próprio Metrô. Portanto, as propostas devem prever um treinamento da equipe da Companhia do Metrô para operar o modal. Mas uma eventual concessão do sistema futuramente não é totalmente descartada, diz ele.

Segundo Correa Brasil, quatro empresas de diferentes países já demonstraram interesse em participar da licitação.

As estações do monotrilho - são previstas em 17 nos 3 trechos - não foram incluídas nesta licitação, porque são de concepção mais simples e poderão ter mais concorrentes em um edital separado, explica o diretor. Correa Brasil, diz ainda que o edital do modal que ligará o Morumbi ao aeroporto de Congonhas deverá sair em cerca de 15 dias e foi estendido, para conectar-se também à Linha 4 - Amarela do metrô, além do terminal de ônibus do Morumbi. Esse modal também será monotrilho e terá extensão total de 21,5 km.

Não se tem uma grande surpresa com a matéria em questão, tirando o evidente desrespeito ao legislativo, quando este por iniciativa do vereador Chico Macena entra com a representação junto ao Ministério Público e com o requerimento na Comissão de Políticas Urbanas da Câmara Municipal de São Paulo a Secretaria do Verde e o do Meio Ambiente do Município.

Ademais, a cidade e o estado segue o caminho de seus governantes, abrindo espaço para sua “excelência o automóvel”, e deixando a coletividade literalmente no ponto.

Eduardo Facchini

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